Homem e crianças pintam mural representando a bandeira síria da época da independência com o slogan \'Síria livre\' em Homs — Foto: AAREF WATAD / AFP
Homem e crianças pintam mural representando a bandeira síria da época da independência com o slogan 'Síria livre' em Homs — Foto: AAREF WATAD / AFP
O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta quinta-feira seu primeiro ataque na Síria contra as novas autoridades desde a queda do presidente Bashar al-Assad,disse o grupo de inteligência SITE e a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Em uma declaração coletada pelo SITE,especializado em monitorar sites islâmicos,o EI afirma ter colocado "um dispositivo explosivo" em um veículo das forças sírias na província de Sweida,no sul do país. Segundo o SITE,especializado no monitoramento de sites islamistas,esta é a primeira reivindicação de um ataque do EI contra o novo governo na Síria.
O OSDH,uma organização sediada no Reino Unido com uma vasta rede de fontes na Síria,diz que uma pessoa foi morta e três soldados ficaram feridos por uma mina detonada remotamente na quarta-feira. A vítima fatal acompanhava as forças do governo sírio em uma patrulha por uma área desértica,de acordo com a organização.
O EI já controlou grandes partes da Síria e do Iraque,mas foi derrotado territorialmente na Síria em 2019,principalmente por uma força liderada pelos curdos apoiada por uma coalizão internacional. No entanto,o grupo manteve alguma presença no vasto deserto do país.
Até o momento,nenhuma ação do grupo foi relatada em áreas controladas pelo novo governo islâmico,embora eles tenham continuado suas ações contra as forças curdas no nordeste da Síria.
Esta semana,as autoridades do país anunciaram a prisão de membros de uma célula do Estado Islâmico perto de Damasco e os acusaram de planejar ataques. Outra operação do governo neste mês na cidade de Aleppo,no norte do país,resultou na morte de um oficial da força de segurança e três membros do EI.
O presidente dos EUA,Donald Trump,pediu ao seu colega sírio,Ahmed al-Sharaa,que os ajudasse a "prevenir o ressurgimento do EI" durante uma reunião neste mês em Riad,após anunciar a retirada das sanções a Damasco.
